domingo, 17 de julho de 2011

AS DORES DA ALMA


A diferença fundamental entre amor e dependência é observada com clareza nas ações e comportamentos das criaturas. A dependência prende, possessivamente, uma pessoa a outra, enquanto o amor de fato incentiva a liberdade, a sinceridade e a naturalidade. O dependente é caracterizado por demonstrar necessidade constante e por reclamar sistematicamente a atenção do outro.

O indivíduo dependente padece dos recursos psíquicos de alguém para viver. Ele dirá "eu te amo", mas, em realidade quer dizer "eu preciso de você", ou mesmo "eu não vivo sem você".

O amor real baseia-se no sentimento compartilhado entre 2 pessoas maduras, ao passo que o amor dependente implora considerações e carinho, infantilmente.

Os legítimos sentimentos da alma nunca se sujeitam a ordenações e imposições, mas sim a uma completa espontaneidade de atitudes e emoções. Dependência gera dores na alma, já a liberdade para amar é um direito natural de todos os filhos de Deus.

- As dores da alma, p. 201.

Infelizmente, conheço alguns casais que atualmente vivem esse "amor" dependente. Eu vivi isso no passado e reconheço cada palavra desse texto como verdadeira de acordo com as minhas próprias experiências. Quando tudo acabou o q senti foi um grande alívio e no fim a gente termina percebendo que de fato não era amor... Torço para que todos os casais reflitam sobre essas questões e salvem seus relacionamentos porque certamente estão condenados ao fim caso haja esse vínculo de dependência emocional.

Saudações, Carina Gonçalves

2 comentários:

  1. Certa vez, enquanto adolescente, ouvi numa canção o seguinte verso: "Quem ama deve obedecer" E para mim, era tão interessante ouvir aquilo, pois coadunava perfeitamente a todo o resto da letra, entretanto, felizmente, eu conseguia, já naquela época, filtrar a literatura da realidade. Sabia que aquilo era bonito de se ler e de se ouvir musicalizado e imortalizado na voz da Paula Toller, mas sabia também que tudo aquilo não era salutar para que fosse retirado de seu habitat natural. Sabia que, como uma flor, aqueles versos deveriam permanecer ali, quietinhos, apenas ao alcançe das notas e acordes musicais, apenas ao alcance dos olhos juvenis, das bocas enquanto cantavam, dos ouvidos enquanto embebiam tanta fantasia, devaneio e loucura de se amar e de deixar escravizar. Que bom que eu não assumi essa personalidade para a minha vida nem para os meus relacionamentos sejam de amor, familiar ou de amizade. Que bom que eu tenho o Pescador de Informação para não me deixar esquecer isso. [rsrs]

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  2. Ah, Dinho, Dinho... você tem a alma e os olhos de poeta, meu caro, não se deixaria levar por algo assim tão tolo e cego!!!

    B, só agora estou vendo esse post, thanks my love!

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